MYRSINACEAE

Cybianthus densicomus Mart.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Cybianthus densicomus (MYRSINACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.023.984,64 Km2

AOO:

144,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais e São Paulo (Freitas; Bernacci, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?<i>Cybianthusdensicomus </i>caracteriza-sepor arbustos, raramente arvoretas, terrícolas, e apresenta síndrome dedispersão zoocórica. Endêmica do Brasil. Ocorre nos biomas Cerrado e MataAtlântica, neste último em Floresta Estacional Semidecidual. Apresenta EOO de863.906,65 km² e é amplamente distribuída. Protegida por unidades de conservação (SNUC), como o Parque Nacional daChapada dos Veadeiros (GO), Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Xixová-Japuí,Estação Ecológica da Paranapanema e Estação Ecológica de Itapeva (SP). Devido asua ampla distribuição, não há ameaça direta que a coloque em alguma categoriade ameaça.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Descrita em Flora 24(2) Beibl. 2: 20. 1841.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes:

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Em estudo realizado sobre gleissolos, em uma Floresta Paludosa no Município de Cristais Paulista, no Estado de São Paulo, C. densicomus apresentou 2 indivíduos em uma área de 1 hectare (Teixeira; Assis, 2009). Em remanescente de Floresta Estacional Semidecidual, na Fazenda Santa Terezinha, Município de Bofete, no Estado de São Paulo, apresentou apenas 1 indivíduo em uma área amostral de 0,134 ha (Viani, 2005).

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta Estacional Semidecidual (Freitas; Carrijo, 2009); em matas de brejo e matas de galeria (Jung-Mendaçolli, 2005)
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 3 Shrubland, 3.5 Subtropical/Tropical Dry
Detalhes: Caracteriza-se por arbustos, raramente arvorestas; coletada com flores de junho a novembro e com frutos em novembro, março e junho (Jung-Mendaçolli, 2005); dispersão zoocórica (Spina et al., 2001).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
OEstado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha)de seu território coberto por Mata Atlântica. Hoje, a Mata Atlântica no Estadorepresenta cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo dolitoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área doEstado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreasprotegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas(favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária, mineração,extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição daágua, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes àconservação dos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo (Costa, 1997).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
AZona da Mata Mineira não está em situação diferente das demais regiões do país,sofrendo alto grau de perturbação decorrente de práticas agrícolas inadequadase da expansão demográfica, mineradora e industrial (Marangon et al., 2003).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
Adegradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espéciesexóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de ummanejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais desoja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano.Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde aerosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso degramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial àbiodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dosecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogongayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf eMelinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagensplantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo)está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzidacobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
Ação Situação
4.4.3 Management
Ocorre em Unidades de Conservação: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no Estado de Goiás, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual Xixová-Japuí e Estação Ecológica de Paranapanema (CNCFlora, 2012) e Estação Ecológica de Itapeva (Cielo-Filho et al., 2012), em São Paulo.